O ano de 2020 trouxe inúmeras mudanças fundamentais no comportamento do consumidor e nas cadeias de suprimentos, estas que podem ser temporárias ou duradouras no âmbito comercial. Essas tendências são fruto de uma necessidade acelerada pela pandemia do coronavírus, momento que levou empresários a reinventarem o seu negócio e consumidores a reverem seu modo de fazer compras e também aquilo que é comprado.
Nesse cenário, é possível observar o aumento do comércio eletrônico, a valorização do marketing digital, o foco na saúde e no bem-estar e o consumo mais seletivo. Em relação aos impactos no Comércio Exterior, o estabelecimento de novos parceiros comerciais, a valorização do agronegócio brasileiro e a necessidade de inovações no setor, além do crescente uso da tecnologia para automatizar processos da exportação e da importação são algumas das principais mudanças observadas esse ano e que podem ser levadas a longo prazo.
Impacto no Mercado Consumidor
Em decorrência da pandemia e de seus efeitos no modo de vida da população, observam-se diversas mudanças nos hábitos de compras dos consumidores, seja em termos de plataforma para compra, ou de tendência de determinado setor de produtos. Dentre essas transformações, pode-se apontar a alta de usuários no comércio eletrônico, que já mantinha um crescimento expressivo e foi impulsionado ainda mais com milhares de novos consumidores passando a fazer compras on-line. De acordo com os dados apresentados pelo Instituto Locomotiva, quase metade (49%) das pessoas que responderam à pesquisa declarou que pretende ampliar as compras por aplicativo, mesmo após o fim da pandemia. Além disso, cerca de um terço (32%) pretende reduzir as idas a lojas físicas.
Além disso, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), setores como alimentos, bebidas, beleza e saúde, apresentaram um crescimento de mais de 180% nas vendas. Trazendo maior enfoque ao setor de saúde e bem-estar, com as medidas de isolamento social e a progressiva preocupação com estilos de vida mais saudáveis, itens como suplementos que aumentam a imunidade, produtos de limpeza para uso doméstico, fitness e meditação em casa, além de produtos para skin-care passaram a ocupar um local de destaque na lista de compras dos consumidores e tendem a se tornar rotineiros no período pós-pandemia.
Ao falarmos sobre o consumo seletivo, é necessário que empreendedores entendam a importância da sua postura no que tange novas prioridades e demandas do mercado. Dessa maneira, é possível observar um enfoque maior no marketing digital que será feito a fim de atrair consumidores. Assim, a necessidade da inovação entra em questão por ser um período de alta dependência digital na busca de serviços e produtos.
Tendências para o Comércio Exterior
Uma das grandes preocupações em um período pós-pandemia seriam as medidas tomadas pelos países em busca da recuperação de sua economia. Dessa maneira, é esperado um protecionismo - sistema de proteção da indústria ou do comércio de um país, concretizado em leis que proíbem ou inibem a importação de determinados produtos, por meio da taxação de produtos estrangeiros - muito forte de grandes economias. Com o objetivo de garantir continuidade no Comércio Exterior brasileiro, o estabelecimento de uma maior pluralidade nos parceiros comerciais do Brasil seria vantajoso tanto em termos estratégicos, como inovadores. Atualmente, os três principais países presentes no mercado internacional brasileiro são: China, Estados Unidos e Holanda (Países Baixos). No entanto, oportunidades têm aparecido em países como: Emirados Árabes, Canadá, Vietnã e Coreia do Sul. Para saber mais sobre essas chances, acesse nossas Redes Sociais (link ao final do texto) a fim de conhecer os mais novos acordos e parcerias disponíveis em diversos países.
A valorização do agronegócio para 2021 se dá, entre outros motivos, a partir da taxa de câmbio, afinal o dólar em alta tende a favorecer a exportação de produtos e pressionar os preços no mercado interno. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as exportações brasileiras registraram crescimento de 6% de janeiro a outubro de 2020 na comparação com o mesmo período de 2019, impulsionadas pelo açúcar (63%) e carne suína (49%), soja (21%), algodão (21%) e carne bovina (20%). Esse efeito poderá seguir devido à crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus. Isso porque o setor alimentício possui uma demanda estável, mantendo-se em alta mesmo no auge da crise no Brasil e em outros países. No caso da soja, por exemplo, a alta de preço entre o segundo e o terceiro trimestre deste ano foi de 37,4% na comparação com 2019. Assim, faz-se necessária a adoção de medidas para agregar valor ao agronegócio como a tecnologia e novos processamentos a fim de escoar ainda mais e aumentar o número de vendas para o mundo.
Por fim, a influência da tecnologia na automatização, nos softwares de monitoramento e fertilização para agronegócios e produtos feitos em casa ocasionará grandes demandas a curto e longo prazo. Dessa maneira, com essa mudança, crescem as medidas de desburocratização. Abaixo falaremos mais detalhadamente sobre o assunto.
A influência da tecnologia na pós-pandemia
Para o mercado corporativo, a oportunidade encontrada para continuar faturando em meio ao isolamento, até agora, é o home office. Os negócios do Brasil com o exterior não pararam durante a pandemia. E isso se deve ao fato de nosso país, inclusive a alfândega, ter investido muito em tecnologia e sistemas nos últimos anos, o que permite que hoje muitas atividades sejam realizadas remotamente. A crise impulsionou a transformação digital e fez com que empresas fossem obrigadas a se adaptar em tempo recorde. Mas as soluções tecnológicas não se limitam à simplificação de procedimentos padronizados, elas também servem para alavancar a produtividade das empresas. Diante disso, as empresas de Comércio Exterior devem gerenciar ainda mais seus processos, além de reduzir custos internos. Dentre as novas tendências tecnológicas que estão surgindo graças ao novo contexto mundial, temos:
Redução da Burocracia: A Receita Federal vem estabelecendo regras e diminuindo cada vez mais processos complexos. O Portal Único, é uma inovação que tem como intuito reformular os processos de importação, exportação e trânsito aduaneiro. A novidade pretende garantir maior facilidade no cotidiano das empresas, com muito mais velocidade e menos imprevistos.
Novas tecnologias: Apesar de o governo estar facilitando processos de importação e exportação, ainda é preciso lidar com vários documentos, autorizações e declarações em cada transação comercial. A melhor solução é automatizar os processos de importação e exportação. Com isso, os riscos de perdas de arquivos e a dificuldade de gerir e armazenar os dados são reduzidos.
Inteligência Artificial: Esta é tida como a mais promissora para empresas de Comércio Exterior. Ao automatizar as operações, a IA reduz custos e assegura maior conformidade com a legislação. O mercado voltado para Comércio Exterior necessita de análises mais seguras nas transações e sistemas mundialmente conectados. O uso dessa inteligência tem a possibilidade de modificar os processos das empresas que importam e exportam, e ainda traz maior competitividade à indústria.
Blockchain: O blockchain já é utilizado em diversas indústrias. Nada mais é que um sistema de distribuição de blocos de informação entre milhares de usuários da internet, que armazena transações realizadas on-line. Por ser uma rede de blocos encadeados, registra todas as transações realizadas ao redor do mundo. Dessa forma, facilita o rastreamento e identificação, desde cadeias de suprimentos até rastreamento de contêineres em transporte marítimo.
Big Data e Business Intelligence: No Comércio Exterior, soluções como Big Data e Business Intelligence podem proporcionar decisões mais assertivas e revolucionar o modo como sua empresa se relaciona com os dados, prezando sempre pela inovação. O Business Intelligence irá atuar na área de estabilidade dos dados em meio a um mercado conturbado, enquanto o Big Data procura por oportunidades promissoras através da análise dos dados.
Perspectivas para 2021
Ainda que as incertezas cerquem as atividades econômicas, impossibilitando a visibilidade de cenários pós-pandemia, é possível destacar alguns aspectos que capazes de reduzir ou aumentar o impacto do coronavírus no setor. Um estudo, produzido pela Organização Mundial do Comércio (OMC), que elabora simulações de impacto do Covid-19 sobre o comércio mundial a partir de um modelo de equilíbrio geral computável, prevê, também, cenários otimistas. No cenário da OMC, as exportações sofreram queda de 17,7% em 2020, recuando para US $185,4 bilhões. A perda acumulada no biênio (2020-2021) seria da ordem de US $9 bilhões, e o montante exportado ficaria em um nível próximo do registrado em 2017. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) a previsão para 2021 é de que as exportações devem ficar em uma faixa de 10% a 15%, o que em valores corresponde a algo entre US$200 bilhões e US$230 bilhões, a depender do valor efetivamente registrado em 2020. Já nas importações, uma avaliação dos diferentes métodos e cenários permite prever crescimento em 2021 entre 10% e 20%, o que significaria, em valores, algo entre US$154 bilhões e US$168 bilhões.
Quando superarmos a crise sanitária causada pelo novo coronavírus, é provável que a economia mundial se depare com um ambiente de negócios internacionais mais propenso à imposição de restrições de vários tipos aos fluxos de comércio. Apesar disso, as oportunidades irão surgir, e é preciso estar preparado.
Como a Domani pode ajudar?
Pretende ingressar no mercado internacional no ano de 2021 através de operações como exportação e importação? Tem interesse, mas não tem planejamento e não sabe por onde começar? De acordo com as previsões, o ano de 2021 tem tudo para ser um ano positivo para os empreendedores brasileiros e ninguém melhor que a Domani Consultoria Internacional para te guiar no caminho de todas as etapas no processo de exportação ou importação. Com a Análise de Conjuntura Comercial, serviço voltado para a viabilidade de exportações/importações durante o período de pandemia - a Domani procura garantir assertividade para a internacionalização de um produto, para que dessa forma o cliente invista com segurança e sabendo quais mercados serão lucrativos dentro desse contexto. Nossas soluções vão além, elas incluem: análises dos melhores países para a comercialização do produto, prospecção de possíveis compradores ou fornecedores e o planejamento da internacionalização. Desse modo, somos capazes de guiá-lo(a) sobre questões burocráticas, logísticas e financeiras para que a sua exportação ou importação possa ser realizada com segurança e autonomia. Temos como objetivo ser o farol para a internacionalização de empresas e será um prazer para nós prover todo o conhecimento necessário para a sua internacionalização.
Fontes: Thomson Reuters; Docket; Mercado Pago.
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