O maracujá é um fruto com origem na América Tropical que possui mais de 150 espécies no Brasil, sendo seu nome de origem Tupi e significa “alimento em forma de cuia”. Por ser uma fruta com grande valor nutritivo, com vitaminas do complexo B e vitamina C, o maracujá se destaca por ser um produto versátil com ampla comercialização na área alimentícia e de fabricação de cosméticos. Mesmo com diversos tipos de maracujás, as principais espécies com valor comercial são o maracujá amarelo, maracujá doce e o maracujá roxo. Por apresentar adaptação a diversos tipos de clima, a fruta é cultivada por todo o Brasil, o qual é responsável por cerca de 70% da produção mundial da fruta. Apesar disso, o maracujá brasileiro não possui grande representatividade no mercado internacional.
Mercado consumidor e produção de maracujá no Brasil
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, a produtividade média de maracujá chegou a ser de 14 toneladas por hectare em 2018 e, atualmente, as regiões que fomentam e registram as maiores produções de maracujá são a Nordeste com 71%, a Sudeste com 12% e a Sul com 9% do total produzido no país. Entre os principais estados produtores estão o Ceará e a Bahia, ambos no Nordeste. Mas, nos últimos anos, os estados do Distrito Federal e de Santa Catarina registraram um aumento no volume de produção de maracujá, com um destaque para o Distrito Federal em 2021, que registrou um rendimento de quase 30 toneladas por hectare área de maracujá.
O Brasil é um importante produtor de maracujá. Porém, grande parte do volume de produção é destinado às áreas do Sudeste, principalmente às redes Centrais de Abastecimento, para consumo interno dos brasileiros nesses lugares. Além disso, mesmo com um alto volume de produção, a maior parte dos produtores de maracujá no Brasil são de pequeno porte e se destinam à agricultura familiar. Inclusive, são utilizados alguns assentamentos de produção agrária, os quais são terrenos cedidos pelo governo para famílias agricultoras sem condições de comprar terrenos e em troca os donos devem produzir o seu próprio sustento nessas terras anteriormente abandonadas. Isso implica na problemática da baixa capacidade de investimentos e lucratividade nos anos iniciais de produção, criando assim, algumas barreiras econômicas para o crescimento daqueles agricultores com menor volume produtivo.
Diante disso, existem muitos incentivos por parte do Estado brasileiro em ceder terras nas regiões Nordeste e Sudeste para pequenos produtores construírem assentamentos agrários. Assim, pelo solo apropriado, as pessoas desses lugares, geralmente, destinam suas produções para mudas de maracujazeiro-azedo, pois ele tem uma boa produtividade. Todavia, individualmente, muitos produtores de maracujá no Brasil possuem dificuldades de exportar seu produto, porque a rentabilidade inicial é um pouco baixa e a produção de maracujá é em suma feita manualmente, requerendo muita mão de obra, da qual as famílias dos assentamentos geralmente não podem pagar.
Ademais, é importante ressaltar que existem vários tipos e gêneros do maracujá brasileiro, mas o que é mais produzido internamente e que apresenta melhores resultados - por conta dos climas tropicais e subtropicais e terrenos arenosos e argilosos - é o maracujazeiro-azedo. Esse gênero também é utilizado na confecção de cosméticos e produtos de higiene, como xampus, condicionadores, sabonetes líquidos e hidratantes corporais.
Mercado Internacional de Maracujá
Embora o Brasil seja líder na produção mundial de maracujá, ele não é um dos maiores exportadores da commodity. Não obstante, o Brasil registrou um crescimento expressivo na comercialização internacional da fruta nos últimos anos. Em relação à exportação do suco de maracujá, em 2021 o Brasil vendeu cerca de 891 toneladas, representando uma alta de mais de 91% em relação ao registro do ano anterior (aproximadamente 465 toneladas), de acordo com o Comex Stat. A receita gerada pela operação aumentou de 1,1 bilhão de dólares em valor FOB, no ano de 2020, para 2,2 bilhões em 2021.
Nesse cenário, destacam-se também outros países da América do Sul, como Peru, Equador e Colômbia. O Peru tem se destacado internacionalmente tanto na exportação da fruta quanto de seu suco, enquanto que o Equador tem apresentado dados mais significativos em relação à exportação do suco (Encyclopedia of Food and Health, 2016). Além disso, esses indicadores ainda perpetuam atualmente.
Países como Quênia e África do Sul, apesar de serem considerados produtores menores, também abastecem o mercado europeu com a fruta. Geralmente, as frutas que adentram o continente têm origem africana, enquanto que a polpa é importada da Colômbia, Equador e Peru (CBI, 2018).
Principais destinos
O maracujá pode ser comercializado in natura, em polpa ou suco. No ano de 2021, segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (EMBRAPA), os principais países importadores do maracujá Passiflora edulis foram França (2,9 toneladas, com um valor FOB de US$ 6,829), Portugal (1,8 toneladas, com um valor FOB de US$ 7,202) e Países Baixos (1,2 toneladas, com um valor FOB de US$ 4,004). Além disso, cerca de 28% do volume de exportação total da fruta in natura teve como principal destino a França.
Todos esses indicadores demonstram que o produto vem apresentando uma procura significativa no mercado internacional e confirmam o destaque do Brasil na venda da fruta, mesmo no período marcado pela pandemia da COVID-19.
Como a Domani pode te ajudar?
Portanto, com o crescimento do maracujá no mercado internacional, essa commodity torna-se uma opção em potencial para exportação, principalmente para pequenos produtores. Assim, visando encontrar novos mercados para as operações relativas à internacionalização do seu produto, é de suma importância que seja feita uma análise profunda dos aspectos macroeconômicos do mercado internacional.
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Post realizado pelos trainees Antônio Marcos, Clarissa Souza e Gabriella Rodrigues
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