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Blocos Econômicos no Comércio Exterior: quais são os impactos positivos?

A dinâmica do comércio internacional no século XXI é fundamentada em parcerias multilaterais e, especificamente, na formação de blocos econômicos diversos entre países e regiões. Mas afinal, você sabe o que são exatamente esses acordos? Quais são as vantagens desse meio típico de estabelecer negócios internacionais?


As vantagens da formação de blocos econômicos


Em meio a uma tendência de globalização, baseada no multilateralismo e na formação de amplas redes comerciais, tecnológicas, culturais e políticas, o estabelecimento de associações entre diferentes nacionalidades não poderia fazer mais sentido. E é nesse contexto de integração internacional que surgem os blocos econômicos.

O primeiro bloco foi criado na Europa, em 1956, conhecido pela sigla CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço). Era inicialmente composta pela Bélgica, Alemanha Ocidental, Holanda, Itália, Luxemburgo e França, e hoje é integrada por 28 Estados-membros europeus e nomeada como bem a conhecemos: União Europeia (UE).


Dentre as vantagens e motivações que levaram e ainda levam à formação de blocos econômicos dentro do comércio exterior, podemos destacar:

  • Maior agilidade no comércio: a diminuição de barreiras burocráticas facilita o desembaraço aduaneiro e a transação entre países de forma geral, diminuindo o tempo gasto no processo.

  • Redução de custos: a possível isenção ou redução de impostos e tarifas alfandegárias, junto à simplificação burocrática, barateia os processos de importação e exportação e torna a internacionalização mais viável.

  • Crescimento econômico: em meio à integração e a diferentes formas de cooperação entre os membros - tecnológica ou financeira, por exemplo - os reflexos positivos em dados econômicos como PIB, emprego, investimento e poder de compra da população são nítidos. De tal forma, os blocos favorecem um maior desenvolvimento nacional e regional, além de viabilizar o alcance e atuação de países em crescimento no mercado internacional.

Nesse trâmite, existem também outros órgãos comerciais, como a OMC (Organização Mundial do Comércio), que integra blocos econômicos e países que participam do comércio internacional, fiscalizando e mediando as relações comerciais, para que, assim, não haja partes favorecidas.


Relação entre o Brasil e os principais blocos


Frente a uma crescente relevância no mercado internacional e a um papel significativo na economia de sua região (especialmente na América Latina), o Brasil possui relações ativas com diferentes blocos, tanto como integrante como por meio de acordos.

Essa eficiência multilateral traz para o Brasil uma posição de privilégio nas negociações, com redução de tarifas para diversos produtos, atração de investimentos estrangeiros e a efetivação de laços comerciais vantajosos para a economia interna. Vamos destacar a relação brasileira com quatro blocos de grande atuação no comércio internacional: Mercosul, União Europeia, USMCA e ASEAN.


Mercosul

O Mercado Comum do Sul - conhecido pela sigla Mercosul - é uma união aduaneira fundada em 1991 e composta por 4 países: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, além dos 5 membros aliados - Equador, Bolívia, Chile, Colômbia e Peru. É a mais abrangente iniciativa de integração da América Latina, e tem como objetivo primordial estabelecer uma livre circulação de bens e serviços, além de uma Tarifa Externa Comum (TEC) para países terceiros.


Outra motivação central do Mercosul é o interesse pela expansão das negociações entre os membros, e nesse contexto, o Brasil se beneficia como país de superávit. Segundo o site ComexStat, entre janeiro e junho de 2020, o país exportou US$ 5,4 bilhões para o Mercosul. Desse total, 68% foi destinado para a Argentina - atualmente, seu quarto maior parceiro comercial - destacando, especialmente, o setor automobilístico.


União Europeia (UE)

Efetivado em 1992, o bloco é uma união econômica e monetária - com moeda comum e livre circulação de pessoas, bens, capital, serviços. A UE é um dos maiores exemplos de integração política e econômica, com fronteiras consideradas praticamente inexistentes.


O Brasil possui isenção de taxas para a entrada de diversos produtos dentro do bloco, o que beneficia o país na redução de custos e na agilidade do trâmite. Segundo dados do Itamaraty, hoje, 24% das exportações brasileiras para a UE estão livres de tarifas.

Em 2019, o Brasil exportou US$ 33,8 bilhões para o bloco, tendo a Holanda (Países Baixos) como maior parceiro comercial. Dentre os produtos mais exportados, destacamos farelos e resíduos da extração de óleo de soja, café cru em grãos e minério de ferro e seus derivados. A balança comercial do Brasil e União Europeia teve, de janeiro até novembro de 2019, um superávit de US$ 2.266,8 milhões, ressaltando os benefícios das relações brasileiras com o bloco.


Ademais, vale lembrar do acordo assinado entre Mercosul e União Europeia em 2019, e que segue em negociações. A finalidade é estabelecer uma zona de livre comércio entre os blocos e diminuir de imediato ou gradualmente as taxas de exportação de alguns produtos, reduzindo os custos de trâmites de exportação, importação e trânsito de bens. Caso o acordo se efetive, o percentual de 24% de isenção subirá para 95%, tanto para o Brasil como para os outros países do Mercosul.

USMCA

O Acordo Estados Unidos-México-Canadá simboliza o antigo Nafta (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio) e é também conhecido como “Nafta 2.0”. O acordo entre os países norte-americanos vigora desde 1994 com a finalidade de aumentar o comércio entre os países, criar oportunidades de investimento, reduzir tarifas e facilitar transações de bens e serviços.


O Brasil se beneficia do USMCA e possui bons laços comerciais com os três países integrantes, enfatizando os Estados Unidos como o segundo maior parceiro comercial do país. O bloco facilitou o acesso brasileiro aos mercados dos países norte-americanos, de forma que o Brasil foi, segundo a Folha de São Paulo, o país que mais investiu no México de 2006 a 2015. No ano passado, as exportações brasileiras para os países da América do Norte foram de aproximadamente US$ 38 bilhões, com um superávit de US$ 4,6 bilhões ao Brasil.


ASEAN

Criada em 1967, a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) é composta por 10 países: Brunei Darussalam, Camboja, Cingapura, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Tailândia e Vietnã. O bloco busca aumentar a cooperação intergovernamental e a integração econômica, política e sociocultural entre os membros, além de impulsionar um crescimento acelerado.


A ASEAN é, segundo o Ministério das Relações Exteriores, o segundo maior parceiro comercial do Brasil na Ásia. Em 2019, as exportações brasileiras atingiram o valor de aproximadamente US$ 11,8 bilhões, de acordo com o ComexStat, destacando a Cingapura como principal destino. O continente asiático vem se tornando um destino cada vez mais propício para transações e investimentos, e o Brasil possui, nesse contexto, potencial como próspero parceiro comercial.


Como a Domani pode ajudar?


Consciente da importância e dos impactos positivos dos blocos econômicos no cenário internacional - especialmente para o Brasil - a Domani pode ajudar você, produtor ou empresário, no seu processo de internacionalização, tendo em vista a beneficiação por esse cenário de multilateralismo.


Em quais países meu produto possui vantagens tarifárias? Quais acordos estão contemplados no meu processo de importação ou exportação? Qual é o valor e a burocracia associada à mercadoria específica? Essas são algumas das questões que nossa consultoria de comércio exterior pode desmistificar, desenvolvendo ao cliente projetos personalizados com o passo a passo da exportação ou importação. Nosso serviço oferece desde um Estudo de Mercado, com os melhores destinos para o seu produto, até planejamentos minuciosos que envolvem cada etapa da internacionalização - Burocrática, Logística e Financeira.


Dessa forma, oferecemos ao cliente toda a segurança e autonomia necessária para que ele(a) possa inserir seu produto no mercado internacional. Nosso objetivo é ser o farol para a internacionalização de empresas, e será um prazer prover o conhecimento necessário para a sua importação ou exportação.

 

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